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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pré História

A Estética surge na Grécia antiga como disciplina da filosofia que estuda as formas de manifestação da beleza natural ou artística.


Platão, filósofo grego, afirma que o belo é uma manifestação do bem, da perfeição e do que é verdadeiro.


Posteriomente, Aristóteles faz já uma distinção entre o bem e o belo. Defende que o belo é uma criação humana e é o resultado de um perfeito equilíbrio entre vários elementos.


A Estética teve desde sempre um papel muito importante ligado à beleza, bem estar, sedução, arte...


Desde o dia em que Eva colheu uma folha para enfeitar a sua nudez, percebeu que a natureza lhe fornecia elementos para a beleza e sedução.


É uma ciência que foi evoluindo ao longo das épocas e por isso iremos aprofundar a sua história.


Pré-História


A Pré-História divide-se em dois períodos: o Paleolítico ou a “Idade da Pedra Antiga” (que compreende o Paleolítico Inferior, o Paleolítico Médio e o Paleolítico Superior) e o Neolítico ou a “Idade da Pedra Nova”.


O Paleolítico inferior existiu há 2,5 milhões de anos. Foi neste período que surgiu o fabrico
dos primeiros utensílios a partir de seixos que, gradualmente, foram adquirindo maior complexidade. Os Bifaces, característicos deste época, eram utensílios talhados em duas faces por forma a que uma das extremidades terminasse em ponta e foram trazidos para a Europa pelo primeiro povoamento humano – o Homo Erectus.


Foi no período do Paleolítico Médio que surgiu o Homo Sapiens ou o Homem de Neandertal, isto é, “o homem que sabe”, assim designado devido ao avanço intelectual que demonstrava.


Nesta época, surgiu o fabrico de utensílios em sílex, feitos sobre lascas, segundo uma nova técnica que consistia na extracção de grandes lascas de forma e tamanho pré-determinados, mediante a exploração cuidadosa dos blocos de matéria-prima. Esta técnica foi desenvolvida pelo Homo Sapiens dando origem ao “método Levallois”.


O Homo Sapiens ou o Homem de Neandertal deu origem ao Homo Sapiens Sapiens, cujo melhor exemplo foi o Homem de Cro-Magnon. Esta sua última fase correspondeu a um grande desenvolvimento no progresso da humanidade, começando assim o Paleolítico Superior.


Foi neste período que o homem atingiu um grande desenvolvimento da linguagem e da sua capacidade de expressão abstracta conduzindo-nos aos primórdios da História da Arte, emergindo então os primeiros vestígios de actividade artística.


A evolução artística no Paleolítico Superior dividiu-se em vários períodos: o Aurinhacense e nele surgiu a técnica das mãos pintadas em negativo (arte parietal), onde se utilizou um pó colorido a partir de rochas trituradas, misturado com um elemento fixador, provavelmente a gordura animal, que é soprado por um canudo sobre a mão pousada na parede da caverna, obtendo-se assim o contorno da mão no meio da mancha colorida; surgiram gravações e incisões nas paredes (arte parietal); silhuetas, animais vistos de perfil e utilizavam a pintura mono-cromática.


A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada foi o naturalismo. O artista pintava os seres, um animal, por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual a sua vista captava. Surgiram os primeiros trabalhos em escultura que foram as estatuetas femininas como por exemplo a Vénus de Laussel e a Vénus de Willendorf. Estas vénus apresentavam uma deformação adiposa conhecida por “esteatopigia”, ou seja, as partes do corpo relacionadas com a fecundidade estão exageradamente desenvolvidas. Estas vénus paleolíticas acentuavam os sinais de gravidez, em que o artesão pretendia assegurar não só a fertilidade da sua companheira como também demonstrava uma preocupação com a continuidade da espécie. Estas pequenas esculturas não exaltavam apenas a mulher mas constituíam uma homenagem à maternidade, testemunhando um aspecto cultural que era comum a toda a Europa: o culto da fecundidade feminina.


Depois surgiu o período Gravetense e, posteriormente, o período Solutrense e, neste último, apareceu uma maior perfeição das silhuetas animais; a ideia de movimento assim como um maior dinamismo nas representações e surgiram também os baixos-relevos de animais. A fase final do Paleolítico Superior, ou seja, o período Madalenense representa o apogeu da arte rupestre. As representações animalistas apresentam um grande realismo, geralmente de perfil; surge a pintura policromática.


Nas pinturas das gravuras rupestres eram utilizados óxidos naturais, presumivelmente abundantes junto à superfície do solo naquele tempo, como os ocres e vermelhos. Na produção de pigmentos para pintar, as tintas provinham de minerais moídos e misturados com água. O pigmento vermelho resultava do óxido de ferro e o preto do dióxido de manganês ou carvão. Por vezes aqueciam os minerais a fim de produzir novas tonalidades. Para além dos óxidos minerais e do carvão eram também utilizados ossos carbonizados, vegetais e sangue dos animais. Os elementos sólidos eram triturados e dissolvidos em gordura animal, ou seja, era utilizada uma técnica rústica de têmpera a óleo. Como pincel utilizavam os dedos e pequenas varetas com penas e pêlos.


Surgiram ainda novos utensílios e novas técnicas com o fabrico de pontas de projéctil em osso e de lâminas em lascas alongadas; apareceram os primeiros objectos gravados de adorno pessoal (dentes de animais e conchas usados como pendentes), e gravações em osso e chifre.


As pequenas peças de escultura também estiveram presentes, como por exemplo a Vénus de Lespugue. Houve uma evolução de uma tendência naturalista em Willendorf para uma estilização que se aproxima da geometrização abstracta em Lespugue. Tanto na pintura como
na escultura notou-se a ausência de figuras masculinas.


Contudo, é curioso observar que, durante este período, enquanto a sociedade humana vivia nas cavernas, em que a sua prioridade era, sem dúvida nenhuma, a sobrevivência, o poder do enfeite no rosto, ao mesmo tempo que se pintavam cenas diárias nas paredes com ocre, tinha uma enorme carga emocional, uma vez que através dessa pintura se dava a transformação do ser. O homem desta época demonstrou dedicar-se à contemplação da beleza e da estética e, como prova evidente temos as pinturas rupestres e as esculturas, assim como iniciou o uso de pinturas e de enfeites corporais, podendo-se afirmar tratar-se da primeira manifestação do gosto pela maquilhagem, pela estética e pela beleza.


E o Paleolítico deu lugar ao Neolítico.


No período do Neolítico as profundas alterações da sociedade implicaram consequentemente uma evolução nos costumes e na arte.


A arte tende a fixar a ideia – em vez de reproduzir o objecto, indica-o ou sugere-o. Abandonando o Naturalismo, o homem adopta uma intenção artística geométrica e estilizada, ou seja, a forma de representação neste período foi estilizada e geometrizante. A abstração e a racionalização substituem o poder de observação.


As técnicas de desenho e pintura mudaram, passou a haver uma maior preocupação com a distribuição dos elementos no painel, a sensação de movimento, e a perspectiva. Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico evidenciou uma preocupação estética na criação de objectos produzidos em cerâmica que revelaram a sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objecto.


A arte popularizou-se, o que significa que os cuidados de beleza da época também se difundiram.


A Idade dos Metais


Uma das maiores revoluções na história da humanidade foi a introdução do metal nas diversas actividades produtivas e a evolução das respectivas tecnologias de manufactura. No período do Calcolítico, cerca de 3500 anos antes de Cristo, o homem aprende a utilizar os metais. É este facto que encerra a Pré-História e dá início ao que hoje designamos por Proto-História, ou seja, a Idade dos Metais foi a época de transição entre a Pré-História e a História.s


A Idade dos Metais compreende três períodos que são: a Idade do Cobre, a Idade do Bronze e a Idade do Ferro. É nesta época que o homem aprendeu a recolher o ouro, a prata e o cobre em estado bruto, descobriu a liga de estanho que permitiu dar ao cobre uma maior resistência no fabrico dos objectos. Posteriormente, surgiram os objectos feitos em bronze que eram produzidos a partir de uma liga de cobre e estanho. A produção do bronze generalizou-se na Europa, pois era mais resistente que o cobre, tornando-se o principal metal a ser usado no fabrico de uma grande diversidade de objectos tais como as espadas, escudos, capacetes, taças, máscaras, etc. A prata, o ouro e o cobre eram utilizados no fabrico de adornos pessoais, surgindo diversos objectos de ourivesaria e bijutaria como brincos, braceletes, pulseiras, anéis, fíbulas, gorjais (colares), lúnulas, etc. que eram usados pela mulher de época.

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